segunda-feira, 28 de maio de 2012

No Amapá, perseverança de uma professora leva alunos aos EUA


No quintal de casa, os alunos inventaram uma engenhoca que poderia diminuir enchentes e incêndios. É um biodigestor. Um recipiente lacrado, feito com duas caixas d´agua.

Em uma comunidade pobre, no extremo norte do Brasil, uma professora supera as maiores adversidades, vende bolo na rua, para realizar um sonho dos alunos. Um projeto que levou meninos talentosos mais longe do que eles jamais imaginaram. 

A primeira distância Elizabete atravessou aos 6 anos. Foi de balsa, do Pará, onde nasceu, para o Amapá, cidade de Laranjal do Jari. Foi atrás de um sonho. 
“O pessoal diz assim: ‘por que você não sonhou com outra coisa?’ Eu digo não. É meu sonho desde criança. Eu já nasci e eu já dizia para minha mãe que eu queria ser professora. É só o que sei fazer”, diz a professora Elizabete Rodrigues. 

Desde pequena, para ir à escola, ela passava pelo bairro das Malvinas. Não sabia que aquele bairro a levaria mais longe do que imaginava. 

Uma parte da cidade nasceu quando uma fábrica abriu e os trabalhadores acharam que o melhor lugar para morar seria na beira do rio. Eles construíram um bairro inteiro sobre palafitas e casas que ou não tem parede de fundo ou têm um janelão que intensifica o contato com a natureza. Só que não demorou muito para que essa natureza reclamasse a ocupação desordenada. Hoje cerca de 20 mil pessoas vivem na região. São gerações e gerações de famílias em constante estado de alerta. 

Sem coleta de lixo, ele fica por ali mesmo. E, quando chove, é difícil de a água escoar.Todo ano, final de abril começo de maio, há enchentes. E, quando abre o sol nas Malvinas, o problema é outro: incêndios. As casas são muito coladas, todas de madeira. Quando acontece um acidente elétrico, ou vaza gás, o fogo se alastra rápido. 

Enchentes e incêndios. Foi sempre assim. Desde quando Elizabete estava na escola até quando passou no vestibular para matemática, quando finalmente se tornou professora da mesma escola em que estudou quando criança, ela começou a ter ainda mais contato com o povo ribeirinho. 

“Sempre que acontecem grandes e pequenas enchentes eles tiram as pessoas lá da parte baixa e a escola acaba sendo abrigo para eles”, conta a professora. 

Elizabete resolveu então tocar um projeto. Juntou três alunos e, com questionários, foram saber quais as principais dificuldades que viviam o povo das Malvinas. 

“Constatamos que as pessoas não querem sair de lá muitos motivos. Já que eles não querem sair, resolvemos amenizar a situação deles”, relata. 

No quintal de casa eles inventaram uma engenhoca que poderia diminuir enchentes e incêndios. É um biodigestor. Um recipiente lacrado, feito com duas caixas d´agua. Encheram de lixo e esgoto. 

“Durante cerca de 15 a 25 dias, ele produziria o gás metano, e esse gás seria distribuído através de tubulações pra população”, explica o estudante Adymailson dos Santos. 

Eles fizeram o esquema no computador. E testaram um modelo, que realmente funcionou. Filmaram: ficaram tão empolgados com a descoberta que começaram a inscrever o projeto em feiras de ciências pelo Brasil todo. 

Conseguiram uma vaga na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, no Rio Grande do Sul. O problema era chegar até lá. Um amigo, comovido com a história, que resolveu ajudar. 

“Eu não poderia ficar de fora. Tinha que dar uma força”, conta Joel Silva Santos. 

Em Novo Hamburgo (RS), eles apresentaram o projeto, que foi eleito um dos melhores. Por isso, ganharam uma viagem para os Estados Unidos, para participar de uma das maiores feiras de ciências do mundo. 

“Fiquei paralisada, não conseguia sair da cadeira”, diz Elizabete. 

Mas logo a euforia acabou. Os Estados Unidos estavam mais longe do que eles imaginavam. Uma empresa disse que ia pagar as passagens, mas do resto eles teriam que cuidar. 

“Visto, você vai ter que correr atrás, passaporte, você vai ter que correr atrás. E aí eu perguntava: como é que eu vou fazer isso?”, lembra. 

De volta a Laranjal do Jari, fizeram o que puderam: bolo em casa para vender na praça: “Dizia para os meus alunos: prometo para vocês que vocês irão, pode ser até que eu não vá, mas vocês irão”. 

E ainda havia a barreira da língua. Elizabete tirou do próprio bolso o dinheiro para pagar aulas de inglês para todos. Mas só podia pagar dois meses do curso. A solução foi encontrada por um professor. 

Ele traduziu para o inglês a apresentação do projeto, palavra por palavra. E depois, gravou no celular de cada um para que eles pudessem praticar em qualquer lugar. 

Na semana passada, eles estavam com o texto decorado em Pittsburgh, na Pensilvânia. Eles ganharam medalhas, um diploma da marinha americana. E um exemplo pra vida. 

“Sempre diziam ‘desistam, isso aqui não é para vocês’. E ela sempre nos incentivando, dizendo ‘não desistam, sigam o sonho de vocês’. Eu não tinha noção da profissão que queria seguir, mas depois de conhecer ela eu disse: quero ser professor”, Adymailson dos Santos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Prêmio Jovem Cientista


Já se encontram abertas as inscrições para o Prêmio Jovem Cientista, que neste ano tem como tema "Inovações Tecnológicas nos Esportes" e premiações que podem chegar a R$ 35 mil. Motivado pelos grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos, como a Copa do Mundo, em 2014, e Olimpíada, em 2016, a 26ª edição do projeto pretende estimular os pesquisadores a voltarem suas atenções para o setor.


Para concorrer, pesquisadores, acadêmicos e estudantes universitários devem se inscrever pela internet. Alunos do ensino médio podem usar a web ou enviar as pesquisas pelos Correios. O regulamento completo, a ficha de inscrição e as linhas de pesquisa que os trabalhos devem seguir estão disponíveis no site do Prêmio.

Premiação 
Na categoria graduado, os vencedores são agraciados com R$ 30 mil (1º lugar); R$ 20 mil (2º lugar) e R$ 15 mil (3º lugar). Para estudantes do ensino superior, os valores são de R$ 15 mil (1º lugar), R$ 12 mil (2º lugar) e R$ 10 mil (3º lugar). Alunos do ensino médio classificados em 1º, 2º e 3º lugares ganham um moderno notebook cada um. No Mérito Institucional, serão pagos R$ 35 mil para cada uma das duas instituições que tiverem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. O pesquisador que for indicado para Menção Honrosa receberá R$ 20 mil.

Kit pedagógico 
O kit pedagógico do PJC é voltado para professores do ensino médio e tem o objetivo de facilitar a abordagem do tema desta edição em sala de aula. O kit contém um Caderno do Professor, Caderno de Roteiros de Trabalho e Fichas de Atividades. O material será distribuído gratuitamente a escolas e professores que aderirem ao projeto, e também estará disponível para download no site do concurso.

Além da premiação relacionada, todos os premiados recebem bolsas de estudo do CNPq, caso atendam aos critérios normativos do órgão. Os pesquisadores classificados em primeiro lugar em cada uma das categorias também participarão de Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2013.

Para orientar os educadores no uso do kit pedagógico, o PJC vai promover, articulado com as Secretarias Estaduais de Educação, oficinas ministradas por educadores da Fundação Roberto Marinho, nos 12 Estados-sede da Copa do Mundo de 2014. Os docentes que quiserem participar das oficinas devem entrar em contato com as Secretarias de Educação, informando o nome da escola em que lecionam, o número de alunos da sua turma e a disciplina na qual o tema será trabalhado.



terça-feira, 8 de maio de 2012

4º ENCONTRO USP-ESCOLA – Inscrições abertas!


O  4° Encontro USP –Escola ocorrerá  excepcionalmente no período de 10 a  14 de julho de 2012 (a maioria) ou de 16 a 20 de julho (curso satélite do  Prof. Fuad) e será voltado preferencialmente a professores com terceiro grau completo que ministrem aulas  nas respectivas áreas abrangidas pelos cursos, quais sejam: ciências, física, química, biologia e inglês do ensino básico,  com base na Proposta Curricular do Estado de São Paulo.  
Como de praxe, serão emitidos certificados com reconhecimento da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CEGEB (antiga CENP) da Secretaria de Estado da Educação . 

Cursos de atualização para professores do ensino básico em diferentes áreas (VIDE EMENTAS NA PÁGINA):
  1. Desvendando de modo prazeroso o DNA e os fundamentos da hereditariedade - Ministrante: Dra. Eliana Maria Beluzzo Dessen (IBUSP)
  2. Libras e o ensino de Física na perspectiva inclusiva para a pessoa surda - Ministrante: Edna Antonia de Matos, Márcia Batista da Silva
  3. Ciências: Experimento e Conceito nos cadernos do Estado - Ministrante: Vera B. Henriques
  4. INCT- Fluidos Complexos, propriedades e aplicações (Física, Química e Biologia) - Ministrante: Lia Queiroz do Amaral e equipe do INCT
  5. A contextualização no ensino de química - Ministrante: Profa. Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Luciane Hiromi Akahoshi, Fabio Luiz de Souza e outros colaborador
  6. Química – Módulo 1 – Primeiro Ano do Ensino Médio Ministrante: Profa, Dra. Silvia Maria Leite Agostinho
  7. Promovendo a escrita em inglês por meio da mídia eletrônica: wikis - Ministrante: Profa. Dra. Marília M. Ferreira eCarla D´Elia
  8. Teoria da Relatividade para o Ensino Médio - Ministrante: Prof. Ivã Gurgel
  9. ABORDAGEM EXPERIMENTAL DE TÓPICOS DE ÓPTICA - Mikiya Muramatsu, Danilo Claro Zanardi e Michell Edwiges Carvalho Monte
  10. CORRENTE ELÉTRICA – A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO FÍSICO – Profa. JESUINA PACCA
       CURSO SATÉLITE (de 16 a 20 de julho de 2012) -OFICINAS EXPERIMENTAIS PARA CAPACITAR O PROFESSOR DE CIÊNCIAS PARA CONSTRUIR E UTILIZAR EXPERIMENTOS SIMPLES DE FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL. Ministrantes: CLÁUDIO  H. FURUKAWA E FUAD DAHER SAAD

Para inscrições e informações, acesse: http://web.if.usp.br/extensao/node/132 .

Faça suas inscrições no link indicado acima e até lá! 

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Com a colaboração do Prof. Jucivagno F. Cambuhy Silva 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Estudantes da EE Prof. Aparecido Roberto Tonellotti participam do II Simpósio de Pré-Iniciação Científica da USP


Estudantes da EE Prof. Aparecido R. Tonellotti

O Programa de Pré -iniciação Científica é uma parceria da Secretaria da Educação, da Universidade de São Paulo e do banco Santander. Cerca de 400 alunos do Ensino Médio participaram do programa de Pré-iniciação Científica em 2011. 
No dia 20/04/2012, esses estudantes, que concluíram o Ensino Médio em 2011, apresentaram o resultado do trabalho realizado em seu último ano na rede estadual, quando tiveram a oportunidade de participar do programa de Pré-iniciação Científica. Muito além do conhecimento, durante um ano de projetos, os jovens ganharam perspectivas para o futuro.
O programa, que existe desde 2009, estabelece que os estudantes passem oito horas por semana na USP, durante um ano, desenvolvendo projetos em todas as áreas. Para isso, os jovens ganham uma bolsa de R$100. A ação envolve ainda professores das escolas participantes, que orientam os estudantes e dão suporte nas atividades. 
Profª Maria Magda - ao centro


Destaque na participação de nossas estudantes (fico devendo os nomes - por enquanto) e sua orientadora, a Profª Maria Magda Vaz de Oliveira. 
Parabéns de toda a Equipe do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de Caieiras.
Maiores detalhes - em breve!

Links relacionados - 

Prêmio Fundação Telefônica de Inovação Educativa 2012


Prêmio Fundação Telefônica de Inovação Educativa 2012

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Fundação Telefônica de Inovação Educativa. Inscrições vão até o dia 20 de maio.
O objetivo principal do Prêmio, que tem apoio do Instituto Paramitas, é criar uma nova forma de educação usando a tecnologia com seus alunos dentro da sala de aula.
A Fundação Telefônica Vivo vai reconhecer globalmente os educadores inovadores que utilizam as TIC com estudantes de 3 a 17 anos.
Como o Prêmio é aberto para o mundo todo, os projetos poderão ser inscritos em inglês, português ou espanhol e serão aceitos trabalhos realizados entre abril de 2011 a abril de 2012 em três categorias divididas por faixa etária:
  1. alunos entre 3 e 8 anos;
  2. alunos entre 9 e 14 anos;
  3. alunos entre 15 e 17 anos de idade.
Dentro de cada categoria, os educadores terão quatro opções de modalidades:
  1. suporte à aula com recursos digitais e multimídia;
  2. exercícios interativos para praticar em sala de aula;
  3. produção de conteúdos e trabalhos em grupo;
  4. projetos colaborativos interescolares.
Cada docente poderá inscrever até três trabalhos ou também formar grupos para inscrição conjunta, desde de que um deles seja o responsável pelo grupo.
A premiação acontecerá em Lima (Peru), em novembro de 2012 (data a definir), durante o VII Encontro Internacional de Educação.
Veja a programação dos encontros no portal da Fundação Telefônica.
Para mais informações acesse o site da Fundação Telefônica.
Para divulgar o prêmio em sua escola, baixe o cartaz para impressão aqui. Se quiser receber cartazes impressos para divulgação, entre em contato conosco pelo e-mail ip@institutoparamitas.org.br